Segundo relatório organizado pelo Observatório Itaú Cultural a Economia Criativa é uma estratégia de desenvolvimento para qualquer país. Vários profissionais têm se debruçado a definir Economia Criativa e sua importância nos dias de hoje.
Temos visto que a comunicação digital, a educação – desde a infância até a aprendizagem continuada – as formas de se trabalhar e de reter talentos, a estruturação de grupos e de cidades são desafios que motivam a investigação de profissionais de várias áreas envolvidos com a Economia Criativa.
Mas o que de novo de verdade tem nessa história toda se a forma de trabalhar está em mudança desde os primórdios? Desde a pré-história tem sido o olhar específico para problemas que fez o homem chegar ao desenvolvimento tecnológico que temos visto nos dias de hoje.
A cada problema uma nova solução. Descoberta pela tentativa e erro, experimentando as soluções e pelo aprimoramento de ferramentas, mas primordialmente pelo questionamento do ser humano e pelo uso de sua criatividade.
Desde as grandes evoluções (descoberta do fogo e a fixação dos nômades através da agricultura) até as revoluções industriais, o homem tem sempre em mente a sua qualidade de vida e a geração de suprimentos suficientes para a sua sobrevivência. Claro que com o aprimoramento das facilidades o consumo acaba virando uma forma de gerar e girar uma economia.
Se consome de todas as formas possíveis! E nos dias de hoje as facilidades são inúmeras e a cada dia a tecnologia facilita a vida do ser humano colocando à sua mão aplicativos e novas formas para consumir cada vez mais.
As empresas que se consolidaram num formato hierárquico, desde a invenção da linha de produção por Ford, acabam se desestruturando e rompendo esse formato nos dias de hoje muitas vezes sem saber direito como fazer isso. Elas têm que se adaptar a um novo ser humano que está completamente fora daquele padrão de gestão. Há um choque da cultura “fordiana” com os “millenials” e todas as outras gerações que estão se seguindo.
As empresas ditas tradicionais ou conservadoras têm em sua gestão profissionais competentes que não estão mais adequados ao quadro que se apresenta. É preciso inovar, da gestão de pessoas à produção. E muitas vezes as empresas conservadoras começam a inovação pela produção por ser muitas vezes mais tangível.
Mudar e inovar com criatividade um produto é muito mais fácil que remoldar um ser humano e seus relacionamentos.
As pesquisas recentemente realizadas nos apontam que os empregos já não são mais como eram há 10 ou 20 anos atrás. E das habilidades que as empresas mais precisam a CRIATIVIDADE ficou em primeiro lugar entre as “soft skills” (*)
Segundo o Fórum Econômico Mundial a CRIATIVIDADE se tornará uma das três principais habilidades que os trabalhadores precisarão desenvolver.
Segundo índices de competitividade do INSEAD – The Business School for de World – a aquisição de TALENTOS EMPREENDEDORES E CRIATIVOS é visto como um fator fundamental para o crescimento e a prosperidade.
E ainda reproduzindo a fala de Barack Obama quando em visita ao Brasil em 2019 – “Países que investirem em EDUCAÇÃO e CRIATIVIDADE serão os bem-sucedidos.”
O que me leva a deduzir que é o caminho de uma ECONOMIA CRIATIVA, com formação calcada em empreendedorismo e muita criatividade que vai fazer o desenvolvimento acontecer em qualquer cidade, de qualquer tamanho e em qualquer parte do mundo. E cabe a cada um de nós - como trabalhadores ou empreendedores - perceber essa mudança e se preparar para ela.
E é na gestão das empresas que muitas vezes essas mudanças vão acontecer colocando no mercado um novo movimento de relacionamento entre "patrão/chefe" e "empregado". Esse é o “ninho” onde a revolução pode de fato acontecer. Será nas empresas dispostas a inovar que a mudança de fato vai se consolidar.
Se você é um(a) administrador(a) em uma empresa conservadora chegou a hora de pensar em como inovar e provocar que seus colaboradores possam atingir um outro nível de desenvolvimento cooperando com uma melhor produtividade e resultados tanto dentro da empresa como pessoalmente.
Profissionais bem-sucedidos e felizes tentem a ser mais produtivos gerando melhores resultados.
O maior problema muitas vezes está em COMO realizar essa transformação. O certo é que a transformação é preciso acontecer não só na linha de produção, mas também no ser humano. São os comportamentos e relacionamentos e a forma de lidarmos uns com os outros que poderá de fato impactar e fazer a virada.
Transformar uma empresa conservadora em uma empresa inovadora é árduo trabalho de autoconhecimento e relacionamento. E são essas as características e qualidades que vão fazer a diferença no mundo futuro que na verdade já chegou.
Quem não inovar na sua forma de atuação vai ficar para trás deixando de impactar e ser relevante no mercado.
Fui convidada a fazer parte do movimento IH!CRIEI (www.ihcriei.com.br). Ao tomar conhecimento do MANIFESTO IHCRIEI e a forma como essa equipe pensa, percebi o quanto tudo está de fato alinhado com a minha forma de pensar e atuar. Desde então me inclui na equipe colaborando com a construção de uma jornada que vai fazer a diferença no mundo que se espera mais criativo e feliz. Uma jornada interativa que pode ser usada por empresas conservadoras que querem se preparar para impactar tanto seus colaboradores quanto o mercado. Há um mundo do lado de fora da linha de produção que é preciso ser explorado para que a inovação aconteça!
Essa jornada é um caminho a ser percorrido por qualquer empresa que queira começar o processo de inovação com seus colaboradores e contará sempre com a assessoria da equipe IH!CRIEI.
(*) Segundo Natasha Caminha - Soft skills são as competências que competem a personalidade e comportamento do profissional. Envolvem aptidões mentais, emocionais e sociais. Podemos dizer que são habilidades particulares, pois nascem de acordo com as experiências, cultura, criação e educação de cada pessoa, entre outros fatores. As soft skills também estão relacionadas à sua forma de se relacionar e interagir com as pessoas e afetam os relacionamentos no ambiente corporativo e, por consequência, a produtividade da equipe. Além de serem difíceis de avaliar e não são adquiridas com capacitação técnica.)
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